Qual o valor ideal da reserva de emergências?

Qual o valor ideal da reserva de emergências?

Tempo de leitura: 5 minutos

Todos nós precisamos construir poupar para as emergências, mas sempre surge a dúvida sobre qual seria o valor ideal da reserva de emergência e também sobre onde e por quantos meses aplicar.

Os imprevistos fazem parte de nossa vida cotidiana. Todos os dias nos deparamos com situações que fogem totalmente do nosso controle. Por exemplo: um acidente de carro, uma doença própria ou na família, a perda do emprego, ser vítima de um assalto, entre tantos outros.

Todas essas situações nos impõem um gasto que não estava previsto no orçamento e que podem desequilibrar bastante as nossas finanças do mês.

É nesses casos que recorreremos à essa reserva de emergências.

O que é reserva (ou fundo) de emergência?

É um valor que cada indivíduo precisa poupar para poder lidar com os gastos imprevistos que surgem sem ter a necessidade de recorrer a empréstimos bancários e de terceiros.

Como já se sabe, os juros bancários no Brasil são elevadíssimos e, em alguns casos, os empréstimos adquiridos em situações de emergência podem arruinar a vida financeira de uma pessoa definitivamente.

Isso sem mencionar o verdadeiro constrangimento que é ficar devendo a algum amigo ou familiar. Algumas pessoas inclusive correm um elevado risco ao contrair um empréstimo de um agiota! Fuja dessa situação!

Diante disso, deve ser preocupação das pessoas e das famílias criar a sua reserva de emergências para fazer frente a gastos imprevisíveis. Eu costumo recomendar a meus leitores que a reserva de emergências seja o seu 1º objetivo financeiro. Isso porque essa reserva pode evitar a contração de dívidas, principal inimigo da saúde financeira.

É importante diferenciar aqui os já mencionados gastos imprevisíveis dos gastos com periodicidade anual. Por exemplo, os gastos com IPVA, IPTU, matrículas e materiais escolares, anuidades em geral, etc., são gastos para os quais devemos sempre nos preparar, pois são certos e previstos.

Qual o valor ideal da reserva de emergências?

Depende. Para essa pergunta não existe resposta pronta.

Antes de definir o valor da reserva de emergências, o investidor deve analisar alguns aspectos pessoais muito relevantes, tais como: o tamanho da família, se possui seguros (vida, automóvel, residência), o nível de estabilidade no emprego (empreendedor, CLT, servidor público), se tem plano de saúde (próprio e da família), entre outros.

Por exemplo, a necessidade de reserva de emergências será maior para um empreendedor do que para um servidor público. Isso ocorre uma vez que o risco do empresário ter alteração ou perda da remuneração é consideravelmente maior do que a do servidor público.

Nessa mesma linha, não ter plano de saúde ou seguros aumenta a necessidade de se construir uma reserva de emergências mais robusta.

Feita essa ressalva da necessidade de uma análise mais aprofundada para se determinar o tamanho da reserva, a literatura costuma estabelecer o valor ideal como de 3 a 12 vezes os gastos mensais (ou a remuneração).

No caso de um servidor público com gastos mensais da ordem de R$5.000,00, que tenha estabilidade no emprego e um plano de saúde, a reserva de emergências pode mais modesta. Por exemplo, de 3 vezes os gastos mensais, ou seja, de R$15.000,00.

No outro extremo, se analisarmos o caso de um empresário que não possua plano de saúde e que tenha um gasto médio mensal da ordem de R$10.000,00, seria indicada a poupança de 12 vezes os gastos mensais, ou seja, de R$120.000,00.

É evidente que aqui consideramos dois casos extremos, então o leitor precisará se enquadrar entre essas duas situações, de acordo com a sua própria realidade.

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Onde aplicar para formar a reserva?

A pergunta natural que surge após a definição do valor ideal da reserva de emergências é onde investir?

O investimento ideal para formar esse fundo é aquele que privilegia a liquidez (facilidade e velocidade de resgate) e também a segurança!

Não adiantaria ter uma reserva de emergências aplicada em imóveis, pois o investidor teria dificuldade de transformar o patrimônio em “dinheiro na mão”.

Logo, é preferível que o dinheiro esteja aplicado em um produto financeiro que seja de fácil acesso, como a Poupança , Tesouro Selic ou Fundos DI.

Dica importante: como o foco aqui é a segurança e a liquidez, em detrimento da rentabilidade, a poupança pode ser utilizada como instrumento de reserva de emergência. Ressalva: estamos falando daquele investidor que não tem (ainda) familiaridade com outras aplicações de curto prazo mais rentáveis, como o Tesouro Selic (lá no Tesouro Direto) e os bons Fundos Di.

Falaremos mais sobre esses investimentos em um próximo artigo! Não deixe de cadastrar o seu e-mail na nossa Newsletter! Assim você será notificado quando publicarmos um novo artigo!

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