Tesouro Direto – 10 Passos para Investir Ainda Hoje

Tesouro Direto – 10 Passos para Investir Ainda Hoje

Tempo de leitura: 10 minutos

Apesar de sucessivas quedas na taxa Selic, o Tesouro Direto ainda é uma opção interessante quando pensamos em investimentos de longo prazo e focados na aposentadoria.

Em síntese, o Tesouro Direto é um dos tipos de investimentos mais procurados pelos brasileiros, isso por causa da segurança que passa ao investidor associado aos retornos maiores que a poupança e outros ativos tão seguros quanto ele.

Nos últimos tempos, a mídia tem trazido à tona o Tesouro Direto como opção mais rentável quando comparado a outros tipos de investimentos de menor risco como a poupança e os títulos de previdência privada, por exemplo.

Há riscos no Tesouro Direto?

Em qualquer investimento existem riscos. Seja comprar um imóvel, montar uma empresa, comprar ações ou investir no tesouro direto, em conclusão: há risco.

Entretanto o risco do tesouro direto é menor se comparado a outras opções de investimento. Isso acontece porque o seu título será garantido pelo Estado brasileiro.

Por mais descrente que você seja em relação à política do Brasil, inegavelmente nas últimas décadas o país se mantêm fiel aos seus compromissos.

Portanto, você só não receberia seu dinheiro de volta acrescido dos juros se o Brasil quebrasse, o que parece ser uma realidade bem distante. Se compararmos com ações, por exemplo, é mais fácil acreditar que uma empresa venha a falência do que o Brasil.

Em suma, é uma opção também sem grandes riscos e bastante estável, ideal para quem deseja começar a poupar. Neste artigo, você vai aprender passo a passo como investir no Tesouro Direto e algumas dicas para ter ainda mais resultados!

O que é o Tesouro Direto?

A princípio, antes de investir, é preciso entender: você sabia que é possível emprestar dinheiro para o Governo e ainda ter vantagens como bons juros? Essa é a proposta do Tesouro Direto.

É preciso muito conhecimento para investir no Tesouro Direto?

A primeira vantagem que podemos citar, desse modo, é que você não precisa de um especialista em finanças para fazer isso, como ocorre na Bolsa de Valores. Contudo, ter bons conhecimentos sobre o Tesouro Direto lhe ajudará a fazer melhores escolhas e a tirar ainda mais vantagens desse investimento.

Então eu recomendo sim que você estude sobre o assunto. O melhor curso de investimento no Tesouro Direto, na minha opinião, é esse curso aqui. Faça se puder, o investimento vale muito a pena e retornará pra você rapidamente através de uma melhor rentabilidade em seus investimentos.

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Investindo no Tesouro Direto

Se você ainda é um investidor iniciante, então precisa ensaiar alguns passos e adquirir alguns conhecimentos antes de investir no Tesouro Direto. Veja mais a seguir!

Passo 1 – Cadastre-se em uma Instituição Financeira

A saber, você pode investir no Tesouro Direto através de uma instituição financeira – bancos ou corretoras especializadas neste tipo de investimento. Para isso, você abrirá uma conta, para que possa transferir e escolher uma modalidade, bem como o período de investimento.

Dica

Pesquise as taxas entre as instituições. Os bancos fazem este tipo de investimento, mas os valores cobrados nem sempre compensam. Dessa forma, pesquise também sobre as taxas, as corretoras autorizadas em trabalhar com este tipo de investimento e o suporte oferecido.

Veja aqui a lista de instituições financeiras e as suas respectivas taxas.

Como abrir a sua conta?

Em resumo, abrir uma conta para investir em Tesouro Direto é muito fácil, em geral, é on-line, tem suporte on-line também e pode ser feito na hora, como uma conta bancária comum. Veja os passos:

Passo 2 – Aprenda tudo sobre os títulos do Tesouro Direto

Há três tipos de títulos do Tesouro Direto:

Tesouro Selic

Nesse tipo de investimento, os ganhos ocorrem conforme a variação da Taxa Selic dentro do período investido.

Ao comprar um Tesouro Selic, você não saberá quanto ganhará no final do período, por outro lado seu dinheiro renderá todos os dias na proporção de 1/252 da Selic vigente.

Se a taxa permanecer constante a 6,9% a.a. durante toda a sua aplicação, por exemplo, o seu rendimento será próximo igual este valor – desconsiderando a inflação.

Em um cenário de perspectiva de baixa inflação, então pode ser ideal para o longo prazo. Já se você imaginar que o governo deixará a inflação correr solta, portanto o Tesouro Selic pode ser uma opção interessante para o curto prazo.

Tesouro Prefixado

Com o Tesouro Prefixado, é possível saber exatamente quanto você resgatará no final do contrato de empréstimo.

Por exemplo: você empresta R$ 100,00 ao governo e no final do ano ele te promete um pagamento de R$ 110,00. Houve um rendimento de 10%.

Ou seja é possível saber a rentabilidade no momento do resgate. Isso oferece mais segurança e previsibilidade ao investidor. De tal forma que é ideal para quem quer investir em médio e longo prazo.

Tesouro IPCA

Os seus ganhos seguem conforme a variação da inflação mais uma taxa prefixada. É ideal para quem prefere investir em longo prazo, mas não quer perder dinheiro com a inflação.

Existem dois tipos de títulos indexados à inflação: o Tesouro IPCA e o Tesouro IPCA de pagamento Semestral.

A diferença é que o Tesouro IPCA te paga de volta seu capital mais juros somente uma vez – no final do contrato. Por outro lado o Tesouro IPCA Semestral tem pagamentos de 6 em 6 meses.

Pode ser vantajoso para você receber pagamentos semestrais, mas, por conta das taxas e impostos de cada pagamento, o Tesouro IPCA de único pagamento costuma ser mais vantajoso quando falamos de rentabilidade.

Passo 3 – Faça simulações no Tesouro Direto

Você pode fazer simulações em todas estas modalidades e em diferentes prazos gratuitamente no site do Tesouro Nacional. Você pode fazer diferentes simulações para objetivos que tenha. Assim, poderá compreender melhor o funcionamento deste investimento.

Tesouro Direto

Passo 4 – Defina um objetivo

Antes de aplicar, você precisa, sobretudo, ter um plano com um objetivo bem definido. Pode ser comprar um carro, uma casa, aposentadoria, etc. Nesse sentido, tenha em mente o quanto pode investir inicialmente e as quantias mensais por um período definido. Assim, conseguirá ter os resultados necessários para o tipo de investimento que deseja.

Passo 5 – Saiba dos riscos

Assim como uma mensalidade, os títulos têm vencimentos e o dinheiro precisa estar disponível na data determinada para que você garanta a melhor rentabilidade.

Outra situação de risco é retirar o dinheiro antes do previsto, o que pode significar perdas.

Desta forma, é preciso ser bastante realista em suas decisões desde já e tentar levar os investimentos até a data de vencimento.

Passo 6 – Compreendendo melhor o seu investimento

Novamente, ressalto a importância da simulação até mesmo para que compreenda como lidar com o seu investimento mês a mês. Não é difícil compreender a planilha do seu investimento.

Acompanhe de perto!

Além do nome do título, há também o vencimento, a rentabilidade estipulada, a predefinida, os valores unitários da cota, etc. É importante, quando já estiver atuando em seus investimentos, sempre acompanhá-los, a fim de saber compreender o demonstrativo.

Passo 7 – Vale a pena vender o título do Tesouro?

A princípio, a venda antecipada de um título do Tesouro pode trazer lucro se ele foi valorizado pelo mercado. Do contrário, como dissemos, se estiver desvalorizado, você terá prejuízo em caso de venda. Por isso é preciso acompanhar o mercado mês a mês.

É preciso, nesse sentido, também acompanhar a movimentação entre as diferentes modalidades do Tesouro Direto, uma vez que um pode valorizar quando o outro estiver em queda. O Tesouro IPCA+ rendeu 53% em 2016, por exemplo, porque, entre outros fatores, a taxa Selic baixou.

Mas, apesar dessa possibilidade de venda antecipada com lucro, recomendo que os investimentos sejam resgatados apenas na data de vencimento dos títulos. Dessa forma, você garante a taxa contratada no momento da compra.

Passo 8 – Compre o título

A compra do título ocorre inicialmente com um TED da sua conta para a conta da corretora ou instituição financeira que está intermediando as suas negociações junto ao Tesouro Direto. Ou seja, cada banco ou instituição tem o seu procedimento e você deve ficar atento.

Depois disso, você envia a ordem de compra dos títulos no próprio site do Tesouro Direto ou no site da sua instituição financeira, se ela tiver integração com o site do Tesouro.

Passo 9 – Quando resgatar?

Você deve resgatar conforme o tempo que determinou o seu resgate. Pode fazê-lo antes, caso haja vantagens. Em contrapartida, vale dizer que o tempo é o principal fator de rentabilidade no Tesouro Direto.

Data de resgate

Além disso, podemos dizer ainda sobre a data de resgate. Ela deve ser feita em três condições: se tiver uma emergência (neste caso, tenha um valor aplicado no Tesouro Selic), na data de resgate (a que você estipulou para realizar objetivos) e quando houver uma oportunidade (será preciso analisar o mercado).

Tributação do Tesouro Direto

Incidem sobre o Tesouro Direto o IOF (Imposto Sobre Operações Financeiras) e o IR (Imposto de Renda)

Ambos foram elaborados pelo governo com o objetivo de inibir a especulação do investidor – investimento de curto prazo.

Para se ter um ideia, o IOF caso o investidor fique apenas 1 dia com o dinheiro aplicado ‘come’ 96% dos lucros. Já depois de 30 dias de aplicação os lucros são isentos de IOF.

  • 1º dia – 96%
  • 2º dia – 93%
  • 3º dia – 90%
  • 4º dia – 86%
  • 5º dia – 83%
  • 6º dia – 80%
  • 7º dia – 76%
  • 8º dia – 73%
  • 9º dia – 70%
  • 10º dia – 66%
  • 11º dia – 63%
  • 12º dia – 60%
  • 13º dia – 56%
  • 14º dia – 53%
  • 15º dia – 50%
  • 16º dia – 46%
  • 17º dia – 43%
  • 18º dia – 40%
  • 19º dia – 36%
  • 20º dia – 33%
  • 21º dia – 30%
  • 22º dia – 26%
  • 23º dia – 23%
  • 24º dia – 20%
  • 25º dia – 16%
  • 26º dia – 13%
  • 27º dia – 10%
  • 28º dia – 6%
  • 29º dia – 3%
  • 30º dia – 0%

O imposto de Renda segue a mesma lógica. Ele incide sobre os lucros seguindo a tabela a seguir:

  • Investimentos com até 180 dias – Alíquota de 22,5% de IR
  • de 181 dias a 365 dias – Alíquota de 20% de IR
  • de 365 dias a 720 dias – Alíquota de 17,5% de IR
  • Acima de 720 dias – Alíquota de 15% de IR

Passo 10 – Quando começar?

A saber, o quanto antes você começar a poupar dinheiro, melhor. O Tesouro Direto é uma ótima opção para o investidor iniciante, especialmente aquele que quer sair da poupança. Mas, como qualquer investimento, é preciso estudar bem e compreender antes de investir.

Lembre-se de que não é preciso grandes fortunas para investir no Tesouro Direto. Ou seja, o valor mínimo da aplicação é de 1% do valor do título público federal, desde que esse valor seja de pelo menos R$ 30.

Isso significa que com R$ 30 você já pode ser um investidor do Tesouro Direto.

Em resumo:

  • O Tesouro Direto é uma forma de investir sem grandes riscos, em virtude de possui três modalidades principais de investimos para diferentes perfis de investidores e prazos.
  • Além disso, é flexível e possui rendimentos maiores que outros investimentos populares, como a poupança e a previdência privada.
  • Possui dois tipos de rentabilidade: pós-fixada ou prefixada (e ainda uma combinação das duas).

Veja também: Guia Melhores Cursos de Investimento, Bolsa de Valores e Renda Extra

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